Posted: 16 May 2012 09:20 AM PDT
Presidenta
Dilma Rousseff durante cerimônia de instalação da Comissão Nacional da
Verdade, no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (16), no Palácio do
Planalto, ao dar posse aos integrantes da Comissão da Verdade, que o
Brasil e as novas gerações merecem a verdade. Segundo Dilma, a comissão,
que terá prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos
ocorridas no período entre 1946 e 1988,
que inclui a ditadura militar
(1964-1985), não será pautada pelo revanchismo e pelo ódio.
“O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a
verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam
amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de
novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que, se existem filhos
sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos,
nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à
história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de
escrevê-la.”.
Segundo a presidenta, a criação da Comissão da Verdade não foi movida
pelo desejo de reescrever a história. Para Dilma, a instalação da
comissão é a celebração da transparência da verdade de uma nação que vem
trilhando seu caminho na democracia.
“Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o
revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma
diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de
conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem
vetos e sem proibições”.
Dilma afirmou que os sete integrantes da Comissão da Verdade –
Cláudio Fonteles, Gilson Dipp, José Carlos Dias, João Paulo Cavalcanti
Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Maria Cardoso da
Cunha – foram escolhidos pela competência e pela capacidade de entender a
dimensão do trabalho que vão executar.
“Ao convidar os sete brasileiros que aqui estão e que
integrarão a Comissão da Verdade, não fui movida por critérios pessoais
nem por avaliações subjetivas. Escolhi um grupo plural de cidadãos, de
cidadãs, de reconhecida sabedoria e competência. Sensatos, ponderados,
preocupados com a justiça e o equilíbrio e, acima de tudo, capazes de
entender a dimensão do trabalho que vão executar. Trabalho que vão
executar – faço questão de dizer – com toda a liberdade, sem qualquer
interferência do governo, mas com todo apoio que de necessitarem”, disse
a presidenta.
Na cerimônia, a presidenta também falou sobre a Lei de Acesso à
Informação, que passa a vigorar a partir de hoje, junto com a Comissão
da Verdade.
“A nova lei representa um grande aprimoramento
institucional para o Brasil, expressão da transparência do Estado,
garantia básica de segurança e proteção para o cidadão. Por essa lei,
nunca mais os dados relativos à violações de direitos humanos poderão
ser reservados, secretos ou ultrassecretos”.
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Posted: 15 May 2012 02:13 PM PDT
A
presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (15), na abertura da XV Marcha a
Brasília em Defesa dos Municípios, que deseja para o Brasil um
crescimento econômico constante e equilibrado, inflação sob controle e
distribuição de renda. A presidenta voltou a dizer que o país tem taxas
de juros incompatíveis com aquelas praticadas internacionalmente.
“A continuidade do desenvolvimento do Brasil, de forma
sustentável, ou seja, cresce um ano e não cresce no outro, não é isso
que nós queremos. Nós queremos um crescimento constante, equilibrado, e
que a inflação esteja sob controle. E que o país possa ter certeza que
está gerando as riquezas suficientes para distribuir com a sua
população”, disse a presidenta.
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