PM – SP: o coronel que ganha 430 vezes, o salário de um soldado
De Paulo Cavalcanti
Os salários na Polícia Militar do Estado de S. Paulo, estão
fielmente retratados na imagem acima, alerto os leitores para os valores
da primeira coluna, ”salário base” – pois é
em cima desses valores, que o policial se aposenta, o resto que aparece
no holerite, são “penduricalhos” – que o governador inventou, porém não
incorpora ao salário, ou seja, quando o policial se aposenta, todos os
“penduricalhos” saem fora do cálculo, e o que sobra é a miséria da
miséria.
Comecei esse texto, mostrando um quadro que retrata quem é o
pessoal linha de frente, aquele policial que está dia-a-dia nas ruas,
zelando pela segurança pública. Fiz isso, para mostrar aquilo que toda a
imprensa não mostra, que é vir à publico e retratar com todas as
letras o cidadão que recebe “uma ajuda de custo” igual essa, como pode haver alguma exigência profissional. Isso não é salário, para quem tem tamanha responsabilidade.
O que pode levar muitos a clamar que o cara antes de ingressar na
corporação, sabe dos salários e dos riscos que está correndo, fato que
não é possível negar, porém isso não faz justiça necessária às
condições de trabalho que o policial está exposto diáriamente, e mesmo
assim a imprensa sempre blindando a figura do governador de S. Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB) – que vende uma imagem, que faz o povo pensar que
estamos na Finlândia, tal a firmeza de “gestão” tucana em S. Paulo.
O salário do coronel
Em agosto/2012, segundo matéria publicada no jornal O Globo - havia na folha de pagamento do Estado, e foi publicado no site Transparência,
a relação de salários do funcionalismo público, e o maior salário
líquido do estado no mês de junho foi o do coronel da reserva da Polícia
Militar (PM) que foi subprefeito (gestão Kassab), da Lapa, na Zona
Oeste da capital paulista, Aílton Araújo Brandão: R$ 254.099,57 (duzentos e cinquenta e quatro mil, noventa e nove reais e cinquenta e sete centavos)
– vencimentos mais 14 licenças-prêmios atrasadas, segundo o governador
Geraldo Alckmin-, seguido por dois fiscais de renda da Secretaria da
Fazenda, ambos na ativa, com vencimentos líquidos de R$ 180.268,14 e R$
134.824,96, respectivamente. (Texto Integral)
http://glaucocortez.com/2013/01/14/a-desigualdade-e-patente-na-finlandia-tucana-de-sao-paulo-coronel-ganha-430-vezes-mais-do-que-um-soldado/
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