Afinal, o caso das duzentas ligações telefônicas grampeadas pela Polícia
Federal, nas investigações da Operação Monte Carlo, envolve num
circuito fechado, e privilegiado, um contraventor especializado em se
infiltrar em grandes estruturas do establishment e o atual número dois
da revista. O jornalista Policarpo Jr., que acumula o cargo de diretor
da sucursal de Brasília, pode até ser visto como o número três ou quatro
na hierarquia interna, à medida em que, em seu último arranjo de poder,
o diretor de redação Eurípedes Alcântara estabeleceu o singular modelo
de ter três editores-chefe na publicação. Mas com pelo menos quinze anos
de serviços prestados à revista no coração do poder, Policarpo,
reconhece-se, é “o cara”. Ele foi repórter especial e seu estilo
agressivo de atuar influenciou a atual geração de profissionais de Veja.
Eles são temidos por sua capacidade de levantar escândalos, promover
julgamentos morais e decretar o destino de reputações. A revista, a cada
semana, se coloca como uma espécie de certificadora da moral e dos bons
costumes no País, sempre pronta a baixar a marreta sobre o que julga
fora dos seus padrões.
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