- Publicado em Domingo, 30 Dezembro 2012 09:46
- Escrito por Jussara Seixas
247 - No momento em que o PT completa
uma década à frente do governo federal, a presidente Dilma Rousseff
publica artigo na Folha, em que fala sobre as conquistas desse período,
marcado, segundo ela, sobretudo pelos avanços no combate à desigualdade
social.
Leia abaixo: Dez anos de avanços O desafio para os próximos anos
é, simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a
competitividade da economia do nosso país Os dez anos de governos
liderados pelo Partido dos Trabalhadores marcam a incorporação de uma
nova agenda para o Brasil.
O combate à desigualdade social passou a ser
uma política de Estado, e não mais uma ação emergencial. Os governos do
presidente Lula e o meu priorizaram a educação, a saúde e a habitação
para todos, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e a
competitividade da economia. Na última década, raros são os países que,
como o Brasil, podem se orgulhar de oferecer um futuro melhor para os
seus jovens.
A crise financeira, iniciada em 2007, devastou milhões de
empregos e esperanças no mundo desenvolvido. No Brasil, ocorreu o
contrário. Cerca de 40 milhões de pessoas foram incorporadas à chamada
nova classe média, no maior movimento de ascensão social da história do
país.
A miséria extrema passou a ser combatida com uma ação sistemática
de apoio às famílias mais pobres e com filhos jovens. Através do
programa Brasil Carinhoso, somente em 2012 retiramos da pobreza extrema
16,4 milhões de brasileiros. Entre 2003 e 2012, a renda média do
brasileiro cresceu de forma constante e a desigualdade caiu ano a ano.
Nesta década, foram criados, sem perda de direitos trabalhistas, 19,4
milhões de novos empregos, sendo 4 milhões apenas nos últimos dois anos.
Reconhecer os avanços dos últimos dez anos significa também reconhecer
que eles foram construídos sobre uma base sólida. Desde o fim do regime
de exceção, cada presidente enfrentou os desafios do seu tempo. Eles
consolidaram o Estado democrático de Direito, o funcionamento
independente das instituições e a estabilidade econômica.
Acredito que
os futuros governos tratarão como conquistas de toda a população nossos
programas de educação -como o Pronatec, de formação técnica, o ProUni e o
Ciência Sem Fronteiras- e de eficiência do Estado -como os mecanismos
de monitoramento de projetos do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) e a transparência na prestação de contas da Lei de Acesso à
Informação.
O Brasil que emerge dos últimos dez anos é um país mais
inclusivo e sólido economicamente. O objetivo do meu governo é
aprofundar estas conquistas. O desafio que se impõe para os próximos
anos é, simultaneamente, acabar com a miséria extrema e ampliar a
competitividade da nossa economia.
O meu governo tem enfrentado estas
duas questões. Temos um compromisso inadiável com a redução da
desigualdade social, nossa mancha histórica. Ao longo de 2012, lançamos
planos de concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que
abrem as condições para um novo ciclo virtuoso de investimento
produtivo.
Reduzimos a carga tributária, ampliamos as desonerações na
folha de pagamento e, em 2013, iremos baratear a tarifa de energia. São
medidas fundamentais para aumentar a competitividade das empresas
brasileiras e gerar as condições de um crescimento sustentável.
Iremos
aproveitar a exploração do pré-sal para concentrar recursos na educação,
que gera oportunidades para os cidadãos e melhora a qualificação da
nossa força de trabalho. É a educação a base que irá nos transformar em
um país socialmente menos injusto e economicamente mais desenvolvido. Um
Brasil socialmente menos desigual, economicamente mais competitivo e
mais educado. Um país que possa continuar se orgulhando de oferecer às
novas gerações oportunidades de vida cada vez melhores. Um país melhor
para todos. Tenho certeza que estamos no rumo certo.
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