Publicado em 20-Dez-2012
A mentira tem perna curta. A oposição e certa mídia ficaram bradando nas últimas semanas que as medidas do governo federal para reduzir a conta de luz espantariam os investidores. Pois bem, ontem, no último leilão de transmissão de energia elétrica de 2012, houve um deságio médio de 21,7%. O deságio significa mais economia para o consumidor na hora de pagar a conta.
Ora, se os investidores aceitaram e brigaram por esse deságio, as queixas anteriores não fazem nenhum sentido. Eram puro jogo político.
Com exceção de um lote no Acre, que não recebeu propostas, todos os demais tiveram disputa acirrada pelas linhas. A maior vencedora foi a Abengoa, com três dois oito lotes ofertados. Por uma linha em Minas Gerais, a empresa chegou a dar 308 lances. É isso que a oposição chama de espantar investimentos?
Medida Provisória
Mesmo com esse cenário, a oposição insiste no jogo político, não dando a mínima para a indústria e o consumidor. Nesta semana, o Senado aprovou a Medida Provisória que reduz as contas de energia e renova as concessões das usinas, transmissoras e distribuidoras que vencem entre 2015 e 2017. Mas, claro, a oposição protestou.
O governo diz que, com a renovação antecipada e o corte de encargos estaduais que incidem sobre a conta de luz, haverá redução de até 16,7% do preço da energia para residências, comércio e indústria. E o governo acrescenta que essa queda vai chegar a 20,2%, com recursos do próprio Tesouro, já que as concessionárias que ficam em Estados governados pelos tucanos resolveram boicotar a redução.
A oposição não apoia a MP por razões políticas e acoberta isso com um discurso pretensamente técnico. Mas esse argumento não esconde o fato de que as empresas não são obrigadas a aceitar o acordo e podem simplesmente esperar a concessão vencer. Além disso, seriam compensadas financeiramente.
E não é verdade que os investimentos cairão – basta ver o leilão de ontem – com as novas tarifas. Há créditos para o investimento em longo prazo, e o governo é o principal parceiro da iniciativa privada no setor elétrico via estatais. Inclusive as estaduais.
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