FHC e Aécio Neves afirmaram que proposta de plebiscito para
reforma política sugerida por Dilma é absurda, digna de ‘regimes autoritários’.
Mas, os dois já propuseram o mesmo que a presidente Dilma
A oposição do governo Dilma está batendo cabeça. Quando a presidente
sugeriu plebiscito para decidir sobre Constituinte exclusiva o tucano Fernando Henrique Cardoso ganhou espaço generoso nas páginas de jornais para criticar a Dilma: “A proposta é “própria de regimes autoritários”, afirmou o
ex presidente.
Mas, Fernando Henrique Cardoso não pensava assim quando
ele, em
duas ocasiões durante seu mandado defendeu, em duas campanhas
eleitorais, a realização de assembleias constituintes exclusivas. Em 1994, o
tucano propôs o instrumento para promover uma revisão constitucional.
"Seis meses são suficientes para esses trabalhos. Basta ter vontade
política", disse, em junho daquele ano. Quatro anos depois, quando
concorria à reeleição, o então presidente
FHC defendeu a proposta de constituinte restrita com o objetivo de
acelerar a aprovação das reformas tributária, política e do Judiciário.
Outro tucano que esqueceu o que disse e escreveu é o candidato á presidência Aécio Neves. No
site da Câmara Federal é possível encontrar o PDC 580/1997, de autoria do então
deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG)
de 1997. O Projeto de Decreto
Legislativo tinha como objetivo convocar plebiscito sobre assembleia nacional
constituinte revisora a ser instalada em fevereiro de 1999. Na época da gestão FHC, Aécio Neves era uma das principais lideranças tucanas no
legislativo e estava perfeitamente
sintonizado com o governo tucano
e seus objetivos.
Agora, quando a
presidente Dilma lançou a proposta
de plebiscito popular para fazer a reforma política no país, o
candidato à presidência Aécio Neves (PSDB),
com os presidentes dos partidos, Agripino Maia( DEM) e Roberto
Freire( PPS), divulgaram nota na qual se declaram contra a proposta .Aécio
Neves afirmou que a proposta apresentada
por Dilma, de se convocar um plebiscito para criar uma Constituinte exclusiva
para tratar da reforma política, é uma medida "perigosa" e
"desnecessária".
Roberto Freire, presidente do PPS, talvez não lembrou quando assinou a nota. Mas
em 2009 o PPS pediu apoio da OAB para proposta de plebiscito
sobre reforma política. O projeto foi
entregue pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) ao presidente da época da
OAB, Cezar Britto. O plebiscito deveria perguntar aos eleitores se o Congresso
Nacional deve realizar uma reforma política ou não. Como se nota, parece que os
três presidentes dos partidos de
oposição ao governo Dilma tem problema
de memória. Ou, esqueceram o que eles
mesmos fizeram a bem pouco tempo atrás.
O povo pediu nas ruas e a presidenta Dilma atendeu: quer
consulta popular, o plebiscito para
reformar a política, já que no Congresso está travado há anos.
Dilma se aliou ao povo, em seus desejos de mudanças para
desintoxicar a política de seus vícios.
A proposta de plebiscito para reforma política tem gerado
divergências.
É importante que todos tomem conhecimento sobre o que Dilma
pretende e por que a oposição ao governo
Dilma é contra.
Fonte : ComTextoLivre
Veja a diferença entre plebiscito e referendo
Postado há 2 hours ago por Julio Sosa
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