5 de março de 2012 | postado por Cinthya Leite
Em 8 de março, quando se faz alusão ao Dia Mundial do Rim,
monumentos turísticos de algumas cidades brasileiras serão iluminados
com as cores vermelho, azul e amarelo – escolhidas pela Sociedade
Internacional de Nefrologia para marcar a data.
A ação faz parte da campanha Rins em defesa da vida,
da Sociedade Brasileira de Nefrologia, que tem como objetivo alertar os
governantes e a população para a gravidade da doença renal crônica, que
atinge 10 milhões de pessoas no País.
Serão iluminados o Cristo Redentor (RJ), a Ponte Estaiada, o Palácio
Anchieta, o Vale do Anhangabaú, o Viaduto do Chá, o Monumento as
Bandeiras, o Obelisco e a Torre da Rede Bandeirantes (SP), o Congresso
Nacional e o Ministério da Saúde (DF), o Museu de Arte Sacra (MT), o
Cristo Redentor de Juiz de Fora (MG) e o Hospital Universitário da
Universidade Federal da Paraíba (PB).
A campanha conta com o apoio da atriz Danielle Suzuki, que recebeu o título de Madrinha do Dia Mundial do Rim. Também
no dia 8 de março, além da iluminação dos monumentos, serão realizados
mutirões de prevenção em várias cidades brasileiras, a fim de envolver a
população em atividades. Serão oferecidos, nessas ocasiões, exames como
aferição de pressão arterial, glicemia capilar e testes de urina.
Ainda será distribuído o folheto Fique sabendo: seus rins estão ok?, com o objetivo de divulgar para o público leigo quem pode ter a doença renal, como se proteger e como descobrir a enfermidade.
O Cristo Redentor, no Rio, será um dos monumentos iluminados no Dia Mundial do Rim (Foto: Divulgação - Site stock.xchng)
HÁBITO - O ato de urinar está
tão incorporado à rotina diária da maioria das pessoas que quase ninguém
se dá conta da importância dessa atividade fisiológica para a saúde dos
rins.
Quando o cérebro avisa que é preciso esvaziar a bexiga, finaliza-se um
complexo processo. Em média, diariamente, os rins filtram 200 litros de
sangue para eliminar dois litros de lixo e o excesso de água do
organismo. Esse mecanismo não pode deixar de funcionar. Se isso
acontecer, a vida pode ser tornar muito difícil e acabar precocemente.
A doença renal crônica, como se sabe, é uma enfermidade complexa e
avassaladora, com grande impacto na qualidade de vida e elevados custos
com tratamentos e internações.
O professor John Feehally, presidente da Sociedade Internacional de
Nefrologia, destaca que só o custo para a diálise chegou a um trilhão de
dólares na última década. “Essa doença, geralmente silenciosa, ceifa
milhares de vida anualmente, comumente pessoas ainda em idade
economicamente ativa”, frisa o presidente da Sociedade Brasileira de
Nefrologia, Daniel Rinaldi.
Estudos populacionais, em diferentes países, têm demonstrado prevalência
de doença renal crônica de 7,2% para pessoas acima de 30 anos e de 28% a
46% em indivíduos acima de 64 anos.
No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm alguma disfunção renal. De
acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia,
existem mais de 90 mil brasileiros em diálise, com um custo anual de R$ 2
bilhões.
SAIBA MAIS
A doença renal crônica pode ser facilmente diagnosticada através de um
exame de urina e da dosagem de creatinina no sangue. Além disso, pode
ser efetivamente tratada, retardando a progressão da enfermidade e
reduzindo as mortes e os custos.
Para Daniel Rinaldi, a identificação dos pacientes, através da
divulgação dos fatores de risco para a doença e das formas disponíveis
para o diagnóstico, pode modificar esse cenário. Segundo ele, programas
de prevenção precisam ser incentivados e executados de maneira contínua.
“A implantação das estratégias de rastreamento e de prevenção da doença
deve incluir orientação da população e de profissionais de saúde”,
explica o presidente da SBN.
Tags:
dia mundial, doença renal, monumentos, nefrologia,
Por e-mail
Adriano Soares Vieira
PSV Serralheria
Nenhum comentário:
Postar um comentário