Mal deu tempo para a oposição tripudiar sobre o "pibinho" de 0,9%
anunciado na semana passada, e a economia brasileira já começa a dar os
primeiros sinais de recuperação neste início de ano.
Os últimos números são animadores. Por exemplo: depois de quatro
trimestres seguidos de queda, os investimentos registraram um
crescimento de 0,5% nos últimos três meses de 2012, o que o governo
atribui aos cortes nas taxas de juros.
Outros indicadores importantes: com os cortes nas tarifas, o consumo de
energia cresceu 4% em janeiro e, o de papel ondulado, 10%. A venda de
caminhões e máquinas disparou no momento em que o País começa a colher a
maior safra de grãos da sua história.
No mercado de trabalho, a renda aumentou e a taxa de desemprego, em
2012, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas),
ficou em 5,5%, a menor média anual dos últimos dez anos.
A inflação anual continua girando em torno de 6% ao ano, é verdade, bem
acima da meta de 4,5%, mas vai registrar uma desaceleração de janeiro,
quando chegou a 0,86%, para 0,4%,em fevereiro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou animado com a receptividade
que encontrou na viagem aos Estados Unidos, na semana passada, em que
deu início ao "road-show" programado pelo governo para atrair
investidores estrangeiros, em especial para a área de infraestrutura. E
já pensa em agendar encontros também na Ásia.
Na contramão do noticiário negativo sobre as perspectivas da economia
brasileira, que alimentam os discursos da oposição de olho nas eleições
presidenciais, a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas
Transnacionais (Sobeet) divulgou nesta segunda-feira um estudo mostrando
o acelerado aumento de investimentos estrangeiros diretos (IED) no país
entre 2003 e 2012.
Nestes dez anos, o Brasil pulou do 15º pra o 4º lugar entre os países
que mais atraíram investimentos, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos, da China e de Hong-Kong. Segundo a Agência Estado, a
participação brasileira nos fluxos de investimento foi a que mais
cresceu no mundo neste período, passando de 1,7%, em 2003, para 5%, em
2012.
Sempre que o caro leitor sentir o desânimo bater, depois de ler a
opinião dos analistas econômicos e especialistas em geral na grande
imprensa, vale a pena dar uma ligada para o Ministério da Fazenda e
checar como andam as coisas.
Serve, pelo menos, para não perder as esperanças e começar a semana mais animado.
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