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Posted: 30 Jul 2012 04:50 PM PDT
Agência Brasil procura sucursal de Veja em Brasília sobre possível encomenda de dossiê a chefe Policarpo Jr. contra juiz federal; Andressa Mendonça tentou chantageá-lo usando essa informação; Veja Brasília respondeu que o assunto era com Veja São Paulo, dirigida por Eurípedes Alcântar (à dir.); Veja São Paulo botou na conta do Departamento Jurídico da Abril, presidida por Fábio Barbosa (à esq.), que avisou nada ter a declarar; 247 e O Globo igualmente tentaram ouvir a Abril, mas não houve resposta; quem cala, consente?
A
julgar pelo ditado popular, Veja é culpada da acusação de ter
produzido, por meio do jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal da
revista em Brasília, um dossiê com informações negativas sobre o juiz federal
Alderico Rocha Santos ou, ao menos, parece ter algo a esconder. A
revista, em especial, e a editora Abril, como responsável pela
publicação, foram procurados hoje por alguns dos mais importantes
veículos de comunicação do País, entre eles 247, O Globo e a Agência
Brasil. A intenção comum era saber se tem mesmo fundo de verdade a
ameaça que teria sido feita pela mulher do contraventor Carlinhos
Cachoeira, Andressa Mendonça, contra o juiz, que fica em Goiânia e é o
titular do inquérito aberto com acusações contra o contraventor. Ela o
procurou para informar da existência de um dossiê, que teria sido
produzido por Policarpo a pedido de Cachoeira, no qual constariam
informações negativas sobre o juiz. Caso Rocha Santos atuasse pela
libertação de Cachoeira, conforme teria dito Andressa a ele, a
publicação do dossiê nas páginas de Veja seria evitada.
Apesar
da forte demanda por um esclarecimento, Veja e a Editora Abril
optaram, até às 18h50, pelo silêncio. A atitude causou estranhamento,
uma vez que a publicação e pródiga em requerer informações de suas
fontes e costuma fazer fortes cobranças sobre suas solicitações. Agora,
no entanto, em sua vez de se posicionar, Veja, dirigida pelo jornalista
Eurípedes Alcântara, e a Abril, presidida pelo ex-banqueiro Fábio
Barbosa, optaram por uma postura diversa.
Abaixo, notícia distribuída pela Agência Brasil a respeito:
Luciana
Lima - Repórter da Agência Brasil - Brasília – Na decisão judicial que
determinou buscas e o comparecimento de Andressa Mendonça à Polícia
Federal hoje (30) em Goiânia, o juiz Mark Yshida Brandão diz que ela
usaria como objeto de chantagem um suposto dossiê que seria publicado
pelo jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista Veja
em Brasília.
De acordo
com o juiz, nesse dossiê, haveria "informações desfavoráveis" ao juiz
Alderico Rocha Santos, titular do inquérito que apura as denúncias
contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido Carlinhos
Cachoeira, marido de Andressa.
"Narra
o magistrado [Alderico Santos] que a requerida [Andressa] noticiou a
existência de um dossiê contendo informações desfavoráveis a ele, que
seria publicado pelo repórter Policarpo na revista Veja, mas que ela
poderia evitar a publicação. Para tal, bastaria que o juiz federal
concedesse liberdade ao réu Carlos Augusto de Almeida Ramos e o
absolvesse das acusações ofertadas pelo Ministério Público", destaca o
texto do juiz Mark Brandão, diretor do Foro da Seção Judiciária de
Goiás, durante o plantão judiciário no domingo (29).
Brandão
considerou que Andressa teria oferecido ao juiz como vantagem indevida
a "ingerência com o jornalista para evitar publicação de dossiê
contendo fatos ligados à vida do magistrado".
Hoje
de manhã, Andressa foi conduzida de forma coercitiva à sede da Polícia
Federal, onde chegou às 9h30. Ela deixou a sede da corporação em
Goiânia às 12h15. Durante o depoimento, ela permaneceu em silêncio. De
acordo com informações da Polícia Federal, Andressa terá de pagar fiança
de R$ 100 mil e está proibida de se comunicar com qualquer investigado
no processo, inclusive seu marido.
A
Agência Brasil entrou em contato com a redação da revista Veja em
Brasília e foi informada que o assunto estava sendo tratado pela redação
de São Paulo. Em contato com a redação de São Paulo, a Agência Brasil
foi orientada a procurar o Departamento Jurídico da revista. Em São Paulo, o Departamento Jurídico disse que nada tem a declarar sobre o assunto.Brasil247
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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