A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (13) que não recorrerá a medidas de austeridade no combate à crise econômica, como fazem alguns países da Europa, como a Espanha. Segundo ela, o Brasil usa uma fórmula mais eficiente: fomentar o desenvolvimento “distribuindo o bônus para o povo”.
Dilma elogiou a iniciativa do presidente Lula em resgatar indústria naval
A
declaração aconteceu em Maragojipe, na Bahia, quando Dilma participava
da cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do
Paraguaçu e de “batismo” da plataforma P-59, da Petrobras. Dilma disse
que vai transformar a crise econômica internacional em oportunidade para
o Brasil melhorar as condições de produção.
“Hoje
eles (os espanhóis) estão cortando o 13° salário, 30% do salário dos
vereadores e aumentando os impostos e (mesmo assim) o país vai de mal a
pior. Queremos, de forma sistemática, reduzir os custos no Brasil. Não
como estão fazendo lá fora que é reduzir os ganhos sociais e salários,
queremos reduzir custos baseado em redução de impostos e capacitação da
nossa força de trabalho, nosso caminho não é o de tirar direitos dos
trabalhadores", disse a presidenta.
A
presidenta afirmou ainda que seu governo age para garantir que o país
tenha o melhor desenvolvimento possível. Disse que tem adotado medidas
contra os gargalos que entravam o crescimento, entre elas a redução dos
juros, “que estão num nível como nunca antes na história deste país”, a
redução de impostos e a prática de “taxas de câmbio que impedem que a
indústria brasileira seja sucateada”.
Segundo
Dilma, não se pode mais esperar que a economia cresça para dividir os
dividendos com a população. "Foi-se o tempo em que foi concebível que o
bolo precisava crescer para ser distribuído depois. Agora, à medida que
cresce o bolo repartimos, isso leva a um bolo maior que o inicial".
Plataforma
A
Petrobras investiu US$ 360 milhões na plataforma batizada no evento. A
P-59 alcança 9,1 mil metros de profundidade e pode perfurar poços sob
condições de alta temperatura e pressão. Segundo Dilma, a construção da
plataforma se deve à "teimosia" da indústria brasileira e é simbólica
para a retomada da produção naval nacional.
"O
que tem aqui nessa plataforma não e só aço, nem apenas todo o sistema
altamente computadorizado que permite que se extraia [petróleo] sem um
grande risco para o ser humano. O que está aqui é um caminho de futuro, o
fato de que vamos continuar gerando aqui emprego e renda para os
brasileiros".
Dilma
também aproveitou para elogiar as iniciativas do ex-presidente Lula em
retomar o desenvolvimento do país e reestruturar a indústria naval.
Lembrou que os governos anteriores a Lula “disseram que essa plataforma
não era possível, que estávamos completamente loucos em fazer plataforma
no Brasil”.
A
crise no setor naval, para Dilma, só foi revertida graças à “teimosia
de um brasileiro chamado Lula. Ele acreditou na capacidade do
brasileiro”. A presidenta lembrou que a indústria naval brasileira que
chegou a ser a segunda do mundo antes da década de 1980 e depois entrou
em decadência.
Com agências
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