Reitoria promove a militarização para não discutir a USP, dizem manifestantes
Após violento confronto com a Polícia Militar, que estavam detendo três jovens que teriam consumido maconha no campus do Butantã da Universidade de São Paulo, na noite deste quinta, cerca de 400 estudantes ocuparam o prédio da Administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Os policias revidaram aos protestos e estudantes ficaram feridos com balas de borracha. Os rumos da ocupação devem ser discutidos na noite desta sexta.
Este blog conversou com Felipe Camargo, Paula Kaufmann e Thiago Aguiar, diretores do Diretório Central dos Estudantes da USP, que estão na ocupação, para entender suas reividicações:
Por que o DCE-Livre da USP é contrário à presença da Polícia Militar no campus?
Historicamente, o movimento social organizado na USP obteve a conquista da autonomia universitária. Isto significa afirmar uma concepção de universidade como espaço de livre pensamento, organização e manifestação. A autonomia também se refere à segurança. Por isso, temos na USP a Guarda Universitária. A presença de forças militares no campus não apenas em história longínqua, como também em anos recentes, não esteve relacionada à garantia de segurança e ao combate ao crime, mas sim à repressão política ao movimento social da Universidade. Em 2009, por exemplo, a Polícia Militar transformou o campus do Butantã numa praça de batalha ao reprimir um movimento grevista.
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