O movimento requenta-denúncia contra o Ministério dos Esportes
Do Blog do
Nassif
Vamos tentar encaixar algumas peças
nesse quebra-cabeças do Ministério dos Esportes.
Como tenho escrito
seguidamente, a velha mídia tem sua prateleira de escândalos reais ou
potenciais, com indícios ou sem provas, velhos ou novos, que são utilizados de
acordo com as conveniências do momento.
Duas questões chamam
a atenção: independentemente do mérito ou da veracidade, as duas denúncias
contra o Ministério dos Esportes são velhas. A da Veja já tinha sido levantada
na própria campanha eleitoral de Brasília – conforme vocês conferiram no Blog. A
do Fantástico já tinha sido denunciada pelo Estadão no início do
ano.
A ONG do PM de
Brasília desviou R$ 4 milhões do Ministério e seus proprietários foram presos e
respondem a processos. Na época contou para o Correio Braziliense a mesma
história que contou para a Veja. O Correio queria atingir a campanha de Agnelo;
Veja queria atingir Orlando Silva. Pelo próprio blog do acusado, fica-se com a
sensação de que a revista pegou o mesmo depoimento e trocou o nome de Agnelo
pelo de Orlando.
A tal ONG da pivô de
basquete Karina tinha convênio antigo. Como as prefeituras podiam fechar
convênio diretamente com o Ministério, é evidente que sua ONG se beneficiou dos
contatos no Ministério para oferecer os serviços às prefeituras. Conseguiu atuar
em 17 cidades.
É uma das ONGs
investigadas no programa Segundo Tempo.
O Programa, de
estímulo ao esporte nos municípios, tem 350 convênios, pelo menos 10
problemáticos. Nenhum convênio com prefeitura deu problema; todos os
problemáticos são com ONGs.
Quando assumiu,
Dilma Rousseff ordenou que fossem suspensos todos os convênios com ONGs. O que
foi feito.
Qual o objetivo de
requentar as denúncias?
Uma hipótese seria o
endurecimento do governo com a Fifa, nas negociações da Lei Geral da Copa –
normatizada há duas semanas.
Três pontos ficaram
pendentes e foram questionados pela Fifa:
1. Meia entrada para
idosos, que é Lei Federal.
2. Meia entrada para
estudantes, que depende da legislação de cada estado.
3. Venda de bebidas
nos estádios.
Mas houve um quarto
ponto, que foi o direito de imagem a todas as emissoras de televisão, de filmar
de dentro do estádio. Na Copa da África do Sul, a filmagem poderia custar sete
anos de prisão para os envolvidos.
Este ponto pode ter
sido o deflagrador do movimento requenta-denúncia.
Por Alberto Porém
Junior
Mas isto só aparece
como notinha.
Painel FC
EDUARDO OHATA e BERNARDO ITRI
Perfumaria ( Link:
assinantes Folha e uol)
Dentro da Fifa, a
meia-entrada e a venda de bebida alcoólica nos estádios não são as questões que
mais causam insatisfação. Interlocutores da entidade afirmam que o fato de as
emissoras não detentoras dos direitos do Mundial-2014 terem muitas regalias
previstas na Lei Geral da Copa é o pior ponto do texto. O desejo é que as
emissoras parceiras sejam mais privilegiadas e que o governo brasileiro reavalie
esse item da legislação.
Restrição. No
entendimento da entidade que rege o futebol mundial, o credenciamento a
emissoras de TV que não compraram os direitos da Copa do Mundo-2014 deve ser
mais restrito e não tão amplo, como também prevê o projeto da Lei Geral da
Copa.
Pela ordem. O argumento da federação é que não são
apenas emissoras brasileiras que terão essas regalias de credenciamento e que,
nessas condições, a boa organização do Mundial fica comprometida. O
questionamento, no entanto, não vale para a cobertura de outros tipos de mídia
durante o evento.
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